1 - Nos testos acima indicados, temos uma referência a duas
grandes mães, dois grandes filhos, em duas dispensações diferentes. Na antiga,
ninguém superou a Moisés. Sua influência foi notável no pensamento e vida dos
homens. Foi o fundador e organizador de sua nação, cujo povo é um dos maiores
milagres da história.
Foi o codificador de um mais precioso monumento literário da
antiguidade, contendo preceitos jurídicos, alguns de valos permanente, prescrições
científicas adiantadas na medicina. Na nova dispensação, Cristo foi o maior de
todas as épocas, homem universal – o Filho do Homem e também o filho de Deus.
“Nunca homem algum falou como Ele”. O maior revolucionário
que o mundo já viu, trazendo, pelos seus princípios, uma nova ordem – a do Reino
de Deus. Foi o maior no seu ensino, no seu caráter, na sua ação.
2 – Se foram extraordinário, como nós os conhecemos pela sua
projeção, donde veio parte ao menos da influência ou qual o elemento ou fator
que mais concorreu para que se tornassem grandes? A resposta não é difícil: “ao
lado de um grande homem há sempre uma grande mulher”, embora elas não saiam de
sua obscuridade.
3 – Focalizemos o espírito nobre e revolucionário das duas
mulheres, respectivamente, mãe de Moisés e de Jesus, visto através da atitude
corajosa em face da tirania de seus perseguidores. As providências que os
egípcios tomaram não foram suficientes para reduzir a força e crescimento do
povo que desejava liberta-se. Nem a escravidão, e nem a matança dos inocentes
tiveram qualquer êxito nesse sentido para eliminar o Menino Jesus. Maria venceu
a tudo e até na cruz revelou seu espírito heróico quando “ uma espada
transpassou a sua alma “.
Os reis poderosos, Faraó e Herodes, não contaram, para
perpetrar a maldade, com o amor de mãe, capaz de todos os sacrifícios. Esse
fator foi esquecido. Quando a mulher compreende a sua alta função e se capacita
da nobre missão de que é investida, é mais forte do que os tiranos e pode, pela
sua influência, modificar o destino de um povo. A sede de seu poder está no
lar, na direção e educação dos filhos. A mãe de Moisés ansiava pela libertação
de seu povo e enfrentou a sanha sanguinária de Faraó. Maria, no seu Magnificat,
teve uma intuição do reino de Cristo, que havia de ser estabelecida por uma
revolução geral, política, social e econômica (Lucas1. 51-54), dando nova
estrutura à sociedade humana, com a implantação de novos princípios.
4 – Das mulheres, e especialmente das cristãs, muitos esperaram
a Igreja e a sociedade, de suas iniciativas, de seu amor, de sua capacidade de
sacrifícios e de sua visão esclarecida do Evangelho, para a reconstrução da
pátria e do mundo.
