“Sabe, porém, isto: Nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis.., desobedientes aos
pais... ingratos...” (II Tim. 3:1-2).
Há mil e novecentos anos o apóstolo Paulo, olhando através dos séculos pela presciência
do Espírito, previu entre outros consternadores acontecimentos do final dos tempos, a revolta
da juventude contra a autoridade constituída. Vemos hoje essa predição cumprir-se
alarmantemente. Desde o término da II Grande Guerra vem-se desenvolvendo entre a mocidade
uma assustadora atitude refratária à lei. Os jornais noticiam diariamente crimes praticados por
jovens de ambos os sexos como só os cometiam calejados criminosos. Bandos desses
delinquentes infestam as nossas cidades. Cometem assaltos, roubos, homicídios e crimes outros
de violência. Em muitos casos as próprias autoridades policiais se vêm impossibilitadas de
reprimir a crescente ameaça do banditismo juvenil.
Qual a causa de tudo isso? Muitas e muitas vezes está no próprio lar. Pais obstinados
levam os filhos a participarem de seu espírito de rebelião. Mães há que não se pejam do vício
de fumar. Permite-se aos filhos assistirem a sessões de cinema do mais baixo nível. Em muitos
casos os pais brigam constantemente, e mui frequentemente acabam por se separar. Os filhos
dessas uniões crescem amargurados, e a cousa alguma ligam importância.
Mesmo em lares cristãos surgem sérias dificuldades. Os filhos de pais piedosos vêem a
irrestrita liberdade que os pais mundanos concedem aos seus e não podem compreender a razão
porque semelhantes privilégios não lhes são também permitidos. A televisão trouxe para dentro
dos lares degradantes espetáculos teatrais. Sim, viver à margem da lei é o espírito da presente
época e esse espírito tem contagiado em grande escala a mocidade dos nossos tempos. É mais
outro sinal de que estamos vivendo o fim dos últimos dias, conforme o apóstolo Paulo nos
advertiu.
